Exame – 26/03/20
Nos últimos 40 dias, cerca de 240 milhões de crianças e jovens na China passaram a aprender de forma radicalmente diferente. O país onde eclodiu a pandemia do novo coronavírus fechou todas as escolas e rapidamente colocou em prática um esquema de aulas à distância numa escala jamais vista. Do ensino fundamental ao superior, os estudantes incorporaram à sua rotina desde sessões de tutoria online até aulas de matemática, chinês, inglês, arte e educação física transmitidas por canais estatais de TV.
Um site do governo divulga o calendário de aulas da semana, que começam pela manhã e vão até tarde da noite. Nas plataformas online, cerca de 24.000 cursos gratuitos foram disponibilizados para o ensino técnico e superior. Num país obcecado com o sucesso educacional, o mantra oficial é: “Parem as aulas, mas não parem de aprender”. Com a estabilização do coronavírus na China — no dia 23 de março o país registrava quase 3.300 mortes, mas havia mais de 72.000 pessoas recuperadas e 6.000 em tratamento —, a reabertura das escolas e universidades está prevista para o final de abril.
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